Brasília

Polícia Federal intima general Heleno para depor sobre 'Abin paralela'

Depoimento está previsto para ocorrer na próxima terça-feira (6), em Brasília, diante da equipe que conduz esse inquérito

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 30 de janeiro de 2024 | 18:16
 
 
 
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Na próxima terça-feira (6), a Polícia Federal convocou o general da reserva Augusto Heleno para prestar depoimento em Brasília, no contexto da investigação que aborda o suposto emprego da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para atividades de monitoramento ilegal. A informação foi divulgada antecipadamente pela GloboNews.

Ele foi ministro do GSI durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o jornal, a investigação tem como objetivo esclarecer se o general da reserva tinha ciência das supostas irregularidades cometidas por Alexandre Ramagem na Abin e identificar os destinatários dos produtos e relatórios resultantes dessas atividades. 

Conforme informações obtidas pela GloboNews junto à Polícia Federal, o inquérito, ainda sob sigilo, apresenta indicativos que sugerem não apenas a ciência do general Heleno em relação a essas ações ilegais de espionagem, mas também uma possível promoção ou estímulo por parte dele.

A intimação acontece um dia depois da operação de busca e apreensão em três endereços ligados ao vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, no âmbito da investigação sobre o esquema de espionagem ilegal na Abin. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nesta terça-feira (30), Carlos Bolsonaro ficou cerca de 45 minutos na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, onde prestou depoimento pela manhã. A operação da PF foi uma continuação à Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira e que teve como alvo principal o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal pelo PL do Rio.

Esta nasceu da operação Última Milha, realizada em outubro de 2023 e que revelou a espionagem pelo uso de um software de geolocalização. Teriam sido vigiadas autoridades, além de opositores do governo Bolsonaro. O esquema foi interrompido em 2021.

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