Em entrevista exclusiva na manhã desta quinta-feira (23) para a rádio Super 91,7 FM, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deu um balanço sobre as ações do Estado no enfrentamento da pandemia de coronavírus. E um dos temas abordados foi a questão da violência doméstica, que, segundo ele, teve aumento de casos neste período de isolamento social.

Segundo apurou a reportagem do portal O Tempo, em Belo Horizonte, pelo menos 32 mulheres registraram boletins de ocorrência a cada dia entre 18 e 31 de março. Nesse período, o Estado já tinha adotado medidas de isolamento social em decorrência do coronavírus.

"Essa questão preocupa. Com o isolamento, tivemos o aumento nos crimes de violência doméstica, e isso infelizmente acabou acontecendo. O Poder Judiciário decidiu que as pessoas que estavam em regime semiaberto não deveriam mais pernoitar (na prisão) para não levar o vírus para o presídio. Tivemos, até o momento, casos excepcionais. E essas pessoas têm predisposição a cometer delitos. Elas estão sendo vigiadas pela Polícia Militar", informou Zema.

Em relação aos arrombamentos cometidos nos comércios que tiveram que manter as portas fechadas por cumprimento de decretos de isolamento social, Zema disse que tais ações criminosas foram casos isolados. "Em relação a saques, ainda não chegaram ao meu conhecimento situações correntes disso, mas é uma preocupação grande, nós já estamos providenciando a distribuição de cestas básicas às populações mais carentes, principalmente nas regiões dos vales do Mucuri e do Jequitinhonha, que são as regiões mais carentes do Estado, e estamos correndo atrás de mais ajuda para eles", disse Zema.

Programas

Zema disse que teve que fazer cortes em programas como o Fica Vivo. "Gostaria de ter ampliado o orçamento (do Fica Vivo), mas, neste momento de corte, por falta de recursos, tivemos que cortar parte do orçamento", informando que praticamente todo o projeto ficou impactado e reforçando que ele não ficará esquecido.