Acostumada a festejar, nos últimos anos, a chegada de atletas como Ronaldinho Gaúcho, Jô, Tardelli, Robinho, Lucas Pratto e companhia, a torcida do Atlético ficou um pouco assustada com o novo perfil de reforços do clube em 2018. Sem dinheiro, o Galo apostou em atletas jovens e baratos, a maioria por empréstimo, com o objetivo de rejuvenescer e mudar as características do seu elenco.
Além disso, as contratações também foram pensadas sob a perspectiva financeira: o alvinegro deseja figurar no top 3 do Brasil de clubes que mais arrecadam com a venda de jogadores. Conforme levantamento da Pluri Consultoria, o Galo foi o sétimo que mais faturou com transações em 2017, embolsando R$ 43 milhões. A lista é encabeçada pelo São Paulo (R$ 189 milhões), seguido por Flamengo (R$ 183 milhões) e Corinthians (R$ 98 milhões).
O objetivo foi revelado pelo diretor de futebol, Alexandre Gallo. Esse caminho traçado também preocupa a Massa. Se o clube quer vender o jogador que surgir ou que render melhor na Cidade do Galo, como o Atlético voltará a conquistar grandes títulos?
O dirigente acredita que vender mais e conquistar canecos não são coisas contraditórias. Ele ressalta que os clubes brasileiros precisam lucrar com transferências para manter a saúde financeira. “No futebol, não podemos nos esquecer que essa reposição de atletas é natural, importante e necessária. Hoje nós não temos uma economia como a europeia, que faz com que os clubes consigam uma sustentação do seu elenco por cinco, seis anos. Não é só o Atlético. Todos os times brasileiros dependem da venda de atletas. O que nós estamos fazendo é semear para isso acontecer”, declara.
Gallo acredita que é possível, já para a temporada 2019, fortalecer o alvinegro com reforços pontuais e de maior destaque. No entanto, para isso acontecer, é necessário que o Atlético aumente a sua receita com a negociação de jogadores.
“O Bremer jogou quatro, cinco jogos e acabou tendo duas, três opções de venda para Europa. Nós não conseguimos segurá-lo e não vamos conseguir segurar. Diante disso, a gente entende que teremos dividendos importantes. Nós temos boas perspectivas para o futuro”, finaliza.