Um vídeo (veja abaixo) que mostra a ação de dois criminosos durante o assalto a um entregador no bairro Ipiranga, região Nordeste em Belo Horizonte, foi decisivo para que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) chegasse até os autores. A operação, deflagrada na manhã desta segunda-feira (2/9), pela 4ª Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores, resultou no cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os suspeitos, de 26 e 22 anos.

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Nas imagens, é possível ver o momento em que um dos homens (de 26 anos) se aproxima armado e ameaça a vítima: “se você não entregar a moto eu dou um tiro na sua cara”. O criminoso manda o entregador descer do veículo, sentar no meio-fio e “manter a calma”. Em seguida, o comparsa pega o celular, a bolsa de entregas e cartões da vítima, antes de ambos fugirem com a motocicleta.

Segundo o delegado Roberto Veran, responsável pelas investigações, a dupla já era conhecida da polícia: “a dupla  possui mais de sete inquéritos apenas por roubo de motocicletas. Ambos têm passagens também por tráfico de drogas e ligação com gangues de roubo do Santa Cruz, já conhecidas pela prática de furtos e roubos de veículos na capital”, explicou.

A investigação, que durou dois meses, apontou que os criminosos atuavam principalmente nos bairros Cachoeirinha e Graça, sempre com foco em motos de baixa cilindrada. O destino dos veículos roubados era o desmanche ou a revenda ilegal.

“O que chamou atenção foi a frieza dos suspeitos. Eles passavam pela esquina, identificavam a oportunidade e cometiam o crime com tranquilidade”, afirmou o delegado.

O assalto registrado em vídeo ocorreu no dia 6 de julho. Já as prisões foram realizadas em 2 de setembro, nas residências dos investigados, no bairro Cachoeirinha. Eles não resistiram à ação policial e permanecem em prisão preventiva no Ceresp Gameleira.

Ainda de acordo com a PCMG, existem ao menos outros sete inquéritos em andamento relacionados à dupla, todos com o mesmo modus operandi. A arma de fogo usada nos crimes não foi localizada.

 “A imagem, o reconhecimento e o cruzamento das informações dos inquéritos foram fundamentais para a prisão. Eles já eram conhecidos dos nossos investigadores e representam um grupo de alta periculosidade”, destacou o delegado Roberto Veran.