Os prejuízos causados pela pandemia de coronavirus com cancelamentos de viagens levaram a Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) a lançar a campanha #ViajarÉPreciso, que traz a mensagem “Não cancele, adie”.
Segundo levantamento feito pela entidade, comparando com 2019, os resultados das vendas das associadas à Braztoa efetivadas em janeiro e fevereiro de 2020 foram menores para 65% deles. Já para março, as vendas estão praticamente paralisadas.
Segundo André Biagioni, diretor de operações da Viagens Master, a campanha é uma forma do trade mostrar que está unido nesse momento. Na operadora, as vendas caíram cerca de 60% a 70%. "Estamos sugerindo, ao invés de cancelamento, adiar a viagem para o segundo semestre", pondera.
Medidas
As regiões que registraram os primeiros impactos na queda das vendas foram Ásia, Oceania e Europa. "No Brasil, o cenário não é diferente, o turismo aqui, neste momento, está praticamente inviabilizado. Nunca estivemos diante de uma crise dessa magnitude", informa o comunicado.
Hoje, a entidade pleiteia junto ao Ministério do Turismo a aprovação de medidas emergenciais para garantir a sustentabilidade do setor.
Entre as medidas estão a disponibilização de linhas de crédito especiais, a suspensão e/ou postergação de pagamento de impostos, a liberação do saque do FGTS para funcionários e o apoio para remarcação de viagens em detrimento ao cancelamento.
"Com os cancelamentos, os impactos para agentes de viagens, meios de transporte, hospedagens, receptivos e guias de turismo são incalculáveis", conclui o comunicado.