Foi encerrado no domingo (9/7) o 10º Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu. Espalhado por diversos pontos da cidade, o maior e mais traidcional evento de Paracatu teve entre os destaques da programação, o Pão de Queijaço para comemorar Dia Municipal do Pão de Queijo. Em fente à igreja do Rosário, foram distribuídas 25 mil unidades da iguaria. O pão de queijo é a estrela máxima do festival.
De acordo com a prefeitura, a fábrica Delícias de Paracatu produz cerca de 8.000 unidades de pão de queijo por dia. A receita é única e especial, garantem as quitandeiras locais, porque tem, em sua maneira de produção, a especificidade da massa, diferentemente da maneira que se produz em outros lugares; ela não é escaldada e tem crocância.
Segundo Igor Diniz, secretário municipal de Cultura e Turismo, o evento surgiu como festival de música, e em 2013 foi introduzida a gastronomia. “Há dez anos, ele passou a ser Festival do Patrimônio Cultural. Um projeto de lei da vereadora Marli Ribeiro criou o Dia Municipal do Pão de Queijo na data em que Paracatu ganhou prêmio Eduardo Frieiro”, conta.
No primeiro dia de evento, cerca de 25 mil pães de queijo foram distribuídos gratuitamente na praça do Rosário. Também as quitandeiras promoveram uma cozinha-show, produzindo a iguaria ao vivo para os visitantes. Outras atividades se espalharam pela cidade, pela praça do Santana, avenida Olegário Maciel, Feira do Produtor, Casa de Cultura e largo do Rosário.
Neste ano, a programação teve início em 1º de junho, com o concurso Cozinha Mineira Paracatuense, com participação de 25 bares e restaurantes. “Essa é a etapa de visitação aos restaurantes que antecede o festival. O público vota nos pratos participantes”, explica Diniz. Os vencedores dessa edição foram Caminhoneiro (restaurante) e Ponto do Açaí – Creperia e Hamburgueria com o prato “Sabor do Sertão”, um crepe com massa de abóbora, carne de porco, sour cream e calda de rapadura.
O casal de turistas de Brasília (DF) Fernando Carvalho e Naiara Mateus participavam do festival pela primeira vez. “Já conhecia a cidade. Estamos sempre apreciando as belezas de Minas, principalmente de Paracatu, que tem rica história, porém nunca tinha vindo ao evento. É a nossa primeira vez, fiquei supersatisfeito, pois achei tudo organizado, com diversas atividades e boa culinária para degustar. Vou aproveitar para divulgar entre amigos e voltar com toda a família”, disse.
Por sinal, a Casa Paracatu será, a partir de agora, um ponto obrigatório para o turista. O espaço tem loja coletiva da Associação das Quitandeiras e Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e vai promover oficinas e abrigar exposições com curadoria da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), que também oferecerá aulas para ensinar a fazer as quitandas e sobre preservação do patrimônio.
Desde 2021, ao descentralizar suas atividades, a Faop, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura e do Turismo (Secult-MG), está presente em mais de 50 cidades mineiras, entre elas Paracatu. A cidade foi a primeira de Minas a receber uma unidade da escola fora dos limites de Ouro Preto, na região Central. Em setembro deste ano será a vez de Guaxupé.
Para Jefferson da Fonseca, presidente da Faop, a Casa Paracatu é também um marco para a instituição. “A Casa Paracatu consolida a transversalidade de nossas ações pela cultura e turismo. Especialmente potencializa a união de esforços de Estado e município para geração de novas oportunidades de trabalho, emprego e renda”, considera o gestor da instituição.
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