A RAM acabou de revelar na noite desta quarta-feira (13) sua nova aposta para o mercado brasileiro e da América do Sul: a picape Dakota. O modelo chegará para brigar de frente com rivais como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10.

A revelação oficial do nome do novo modelo, bem como seu primeiro protótipo, chamado Nightfall, aconteceu no estádio Allianz Parque, em São Paulo.

Tal como a Fiat Titano, a nova picape será fabricada na planta da Stellantis, em Córdoba, na Argentina, onde deve estrear antes, ainda em 2025. A nova Dakota deve ser lançada em seguida no Brasil, no começo de 2026.

O que é a RAM Dakota?

A Dakota será a segunda picape da RAM desenvolvida para o nosso continente. O visual promete trazer a identidade marcante da marca norte-americana, com grade dianteira imponente e linhas agressivas. A RAM posicionará a Dakota acima da Titano em sofisticação e equipamentos

A primeira versão-conceito da nova Dakota, a Nightfall, apresentada em São Paulo, deu uma breve ideia de como será o estilo da nova Dakota.

A picape terá visual e interior claramente inspirados na versão chinesa da RAM 1200, vendida no México, a Changan Hunter, registrada pelo Autotempo no último Salão de Xangai, na China, em abril deste ano. 

O protótipo mostrava iluminação LED integrada na grade frontal, capô com entradas de ar e três pontos luminosos laranja, pneus off-road de 33 polegadas e rodas beadlock, além de estepe traseiro aparente com barra de proteção e para-choques com ganchos de reboque e detalhes em bronze.

Qual será o motor da nova Dakota?

A Stellantis não antecipou nenhum detalhe técnico sobre a nova picape média da RAM, mas a expectativa é que a Dakota use o motor 2.2 turbodiesel de 200 cv, já conhecido na linha da Fiat Toro e Titano, além da RAM Rampage. 

O câmbio deve ser o automático de oito marchas, mesmo utilizado nos modelos norte-americanos da RAM.

Por que o nome Dakota?

A escolha resgata um capítulo importante da indústria automotiva brasileira. Entre 1998 e 2001, a Dodge produziu uma picape no Paraná homônima com motor V8. A lendária Dakota foi a picape mais potente do país em sua época, com motor 5.2 de 232 cv, na versão R/T.

“Não há um nome mais forte para representar a estreia da Ram em um segmento tão importante e competitivo. A excelência só vem com experiência, e só a Dakota carrega todo o legado e conhecimento da única marca exclusiva de picapes na América do Sul”, continua Juliano Machado, vice-presidente da RAM na América do Sul. 

Relembre a Dodge Dakota no Brasil

A picape que marcou a virada do milênio, a Dodge RAM Dakota, teve uma história notável e curta no Brasil, produzida entre 1998 e 2001 na fábrica de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba (PR).

A chegada da Dakota ao mercado brasileiro, ainda sob a gestão da Chrysler, foi uma aposta estratégica para competir com modelos de sucesso como a Chevrolet S10 e a Ford Ranger, oferecendo um design robusto e uma proposta de desempenho superior.

A Dakota se destacou rapidamente por sua carroceria imponente e por oferecer opções de motorização que se tornaram lendárias, como o motor V8 Magnum 5.2, que na versão R/T entregava 232 cv, tornando-a a picape mais potente fabricada no país na época. 

Por que a Dakota deixou de ser produzida no Brasil?

O fim da produção da Dakota no Paraná está diretamente ligado à fusão da Chrysler com a alemã Daimler (leia-se Mercedes-Benz), em 1998, que formou a Daimler-Chrysler. Apesar de a picape ter conquistado fãs, a operação da empresa no Brasil não alcançou a rentabilidade esperada.

Em 2001, em um plano de reestruturação para corte de custos, a Daimler-Chrysler decidiu encerrar a fabricação da Dakota e de outras unidades ao redor do mundo, fechando as portas da fábrica de Campo Largo (PR). 

O legado da Dakota no Brasil, no entanto, permanece vivo na memória dos entusiastas, que relembram a picape como um ícone de força e desempenho dos anos 90 e 2000.