Esotérico

Potência energética de Miguel, o grande guerreiro da luz

Arcanjo ancora a energia da verdade, consciência e espiritualidade


Publicado em 02 de março de 2021 | 03:00
 
 
 
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Tudo no universo inteligente é baseado em hierarquias, em reinos. Os anjos zelam pela proteção individual e estão acima do reino hominal, e acima deles estão os arcanjos que operam no coletivo. “De acordo com as eras astrológicas, cada arcanjo atua durante 350 anos e se torna líder espiritual daquela época. No final do século XIX começou a liderança do arcanjo Miguel, que será sucedido por volta do ano 2200 pelo arcanjo Oriphiel”, explica Eckart Böhmer, pesquisador e professor de assuntos espirituais e culturais. 

Arcanjo Miguel já atuou anteriormente como líder espiritual, por volta de 600 a.C., culminando com o nascimento da filosofia da Antiga Grécia, quando os pensadores buscavam entender quem somos nós, qual é a nossa verdade.

“Miguel, na condição de líder espiritual de nossa época, subiu um degrau na hierarquia e se tornou um archai, ser que não trabalha nem no individual, nem no coletivo, mas no universal. Miguel significa ‘quem é semelhante a Deus?’, e qual a resposta para essa indagação? Somos nós, seres humanos. A natureza do arcanjo Miguel está altamente conectada à nossa verdadeira identidade”, ensina Böhmer.

Miguel está relacionado ao Sol, sinônimo de verdade e consciência. “Grande guerreiro da luz, seu principal simbolismo é a espada, que corta o mal pela raiz e defende o ser humano. Como tudo está em movimento, em evolução, o arcanjo também. Hoje ele é mais que um lutador e protetor do bem contra o mal, pois luta pela espiritualização dos pensamentos. Há uma elevação do pensamento e das ciências em direção a uma ciência espiritual”, comenta o pesquisador.

“Consciência” é a palavra-chave da atual época. “Miguel conduz o ser humano ao encontro da verdade superior por meio do mundo espiritualizado e dos próprios pensamentos. Miguel simboliza o casamento entre as ciências exatas e as leis do mundo espiritual, trazendo o pensamento espiritualizado. Ele conecta o ser humano com a consciência cósmica superior”, diz Böhmer.

O arcanjo carrega uma espada, uma balança e um escudo. “A espada de Miguel não luta contra nada, mas a favor do bem. Sua espada é a consciência, cujo veículo é a palavra consciente, sábia. Sabemos que uma palavra mal canalizada pode ferir ou matar como a espada. Uma palavra de amor, de consciência, pode curar.Pode-se visualizar a espada no quinto e sexto chacras (garganta e frontal)”, ensina o professor.

A balança é a justiça. “Antigamente a balança significava o momento depois da morte, quando Miguel era o anfitrião de quem morria, colocando sua alma dentro da balança divina para ver qual seu peso, quando decidia seu destino de acordo com os frutos conquistados durante sua vida”, observa Böhmer.

Hoje, diz ele, a balança significa “que a justiça seja feita através de mim. Ela é o não julgamento, a neutralidade e o amor incondicional, aquilo que no xamanismo chamamos de visão da águia, uma visão tão elevada que não julga, pois é amor incondicional. Isso é retratado na alegoria ‘a justiça é cega’. Ela deve ser fruto da neutralidade. Pode-se visualizá-la no terceiro e quarto chacras (plexo solar cardíaco)”, ensina o professor.

O escudo normalmente traz o nome de Miguel em latim com os dizeres “quem é semelhante a Deus”. “Esse símbolo pode ser visualizado no primeiro e segundo chacras (básico e esplênico). Ele defende nossa verdadeira identidade e é uma proteção contra o mal”, revela Böhmer.

SERVIÇO: O próximo workshop virtual sobre o arcanjo Miguel acontecerá no dia 30 de maio, das 15 às 18h. Informações no site: www.fogosagrado.com.br

Nossa verdadeira identidade cósmica

Como podemos ancorar a energia do arcanjo? “Imagine Miguel com sua voz potente chamar três vezes pelo seu nome. Isso nos devolve o equilíbrio. Além do nome que recebemos em vida, há um nome eterno: EU SOU, nossa verdadeira identidade cósmica. Podemos invocá-lo sempre”, sugere Eckart Böhmer.

Sobre o papel de Miguel para os tempos atuais, o professor é categórico: “Arcanjo Miguel diz que temos liberdade para ser quem somos, espíritos incrivelmente elevados, grandes e eternos, mas a liberdade sempre vem junto da responsabilidade. Somente assim daremos um salto quântico. Quem se recusar a não assumir a responsabilidade pelos seus pensamentos, sentimentos e ações vai cair em uma densificação”, diz o professor.

É isso o que está acontecendo hoje. “Está havendo uma ruptura cada vez maior na própria humanidade. Vemos uma multidão cada vez mais densa e menos consciente, e isso acontece devido ao livre-arbítrio. O mundo espiritual e o próprio arcanjo Miguel não podem não deixar que isso aconteça. Na outra ponta há uma quantidade menor de pessoas que vivem a fraternidade, elevando-se para uma família universal com muita consciência e amor. Essa ruptura tem que acontecer por causa da liberdade do ser humano, e isso está previsto em livros como o Apocalipse de João”, diz Böhmer.

A massa crítica das pessoas elevadas deve ser suficientemente forte para conquistar a grande transformação da quantidade absurda da humanidade que está densificada. “O grande ato de amor será de Miguel, que vai nos ajudar nessa transformação do mal para o bem para que no final dos tempos todos possam conquistar a chamada “eternidade”. Ele será o grande protetor nessa caminhada da humanidade”, finaliza Böhmer. (AED)

Sermos criadores sendo criaturas

Arcanjo Miguel defende nossa verdadeira identidade em nossa semelhança divina. “Este é um dos conceitos mais mal interpretados na Bíblia e no mundo. Não fomos criados semelhantes a Deus, mas a Deus em potencial. Temos a capacidade de sermos os criadores mesmo sendo criaturas. Neste momento da humanidade saímos cada vez mais do estado de criatura para criadores. É o que fala também a física quântica: ‘criamos nossa própria realidade’”, observa Eckart Böhmer.

A luta do arcanjo Miguel é para que o ser humano possa conquistar a autorrealização. “Ela pode ser alcançada pelo livre-arbítrio, e para isso precisamos do mal. Sem o mal o ser humano seria um ser automaticamente do bem, mas este não é um projeto da consciência cósmica. Somente por meio da possibilidade de assumir o mal podemos conquistar o bem por meio da livre escolha. O mal tem função temporária, não é eterno”, admite Böhmer.

A quarta qualidade de Miguel é seu olhar. “Ele não olha para o dragão, mas para o infinito, onde se dá a realização de sua missão: acompanhar o ser humano até sua autorrealização. Devemos imitar o arcanjo e compreender que tudo que está no meu caminho é um desafio para me fazer crescer e atingir meu objetivo”, diz o professor. (AED)

 

 

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