O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), recebeu um diagnóstico de neuropatia periférica após quatro dias internado em um hospital da região Centro-Sul da capital. Ainda sem previsão definitiva para a alta médica do chefe do Executivo, o boletim sobre o quadro de saúde dele, divulgado nesta terça-feira (26 de novembro) prevê "alta hospitalar breve".

A nota assinada pelo oncologista Enaldo de Melo Lima, que acompanha a saúde de Fuad, aponta que o câncer tratado pelo prefeito está em "remissão completa", mas teve relação com o quadro de dores que levou à internação. "Após a realização de exames, foi constatado um quadro de neuropatia periférica secundária ao tratamento oncológico realizado recentemente", diz o texto. 

"Os exames confirmaram a remissão completa do linfoma não Hodgkin cujo tratamento foi finalizado em outubro. O prefeito apresenta melhora do quadro de dor com programação de alta hospitalar breve", encerra o médico. Apesar da possibilidade de que Fuad receba alta, a data não foi mencionada. 

Relembre internação e falas de Fuad sobre tratamento de câncer

Conforme divulgado assessoria de imprensa do prefeito Fuad Noman, ele deu entrada no hospital na manhã de sábado (23), para tratar dores nas pernas. Fuad já havia dado entrada na mesma unidade de saúde para fazer exames entre terça-feira (19 de novembro) e quarta-feira (20 de novembro).

As dores teriam se estendido durante a última semana e se intensificado no sábado, quando Fuad foi orientado pelo médio a ir ao hospital ser "melhor assistido". Inicialmente a expectativa era de que o prefeito fosse liberado ainda no domingo (24), mas a internação foi mantida para a realização de exames. 

Entrevista a O TEMPO após a eleição

No dia 30 de outubro, dias após ser reeleito, Fuad Noman deu uma entrevista exclusiva ao jornal O TEMPO e falou sobre o desafio de enfrentar o câncer durante a campanha. Ele descreveu o período como “muito difícil”, devido ao cansaço e ao esforço necessário para conciliar saúde, trabalho e campanha.

“No final de junho, eu estava com umas dores me incomodando. Fui ao médico, que me pediu para fazer uns exames. Descobriram um câncer. Aí, já era a seguinte pergunta: ‘vou conseguir fazer campanha ou vou ficar quieto em casa ‘curtindo’ a doença?’ Tomei a decisão de enfrentar e, graças a Deus, consegui, sem problemas”, contou.

Fim do tratamento anunciado em outubro

Em 15 de outubro, Fuad anunciou o fim do tratamento durante uma sabatina ao jornal Folha de S.Paulo. “Semana passada eu fiz a última sessão de quimioterapia e ontem fui liberado pelo médico de todo o processo de tratamento. Tô bem, graças a Deus, sem mais nenhuma sequela”, declarou. Na ocasião, ele destacou que a doença estava superada e que os exames eram positivos.

Em entrevista ao O TEMPO durante a campanha eleitoral, em setembro, Fuad reforçou que estava bem e que a fé foi crucial para que enfrentasse o momento difícil: “Deus fala: se você fizer sua parte, eu te ajudo. Fiz minha parte, e estou bem. Os exames estão ótimos.”

O anúncio da doença

No dia 4 de julho, Fuad revelou, em uma coletiva de imprensa ao lado da esposa, que havia sido diagnosticado com linfoma não-Hodgkin e já tinha passado por cirurgia. Ele também anunciou que iniciaria tratamento com quimioterapia, mas que continuaria à frente da prefeitura e da campanha. “Tenho muita fé. Deus fala: se você fizer sua parte, eu te ajudo. Foi isso que fiz: me entreguei à luta”, declarou na ocasião.