O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que a única estratégia do Governo de Minas para equacionar a dívida de R$ 165 bilhões com a União é a adesão ao Propag (Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados). Segundo ele, não há alternativa viável caso o Estado não seja autorizado a participar do novo modelo de renegociação.

“A estratégia que nós temos é o Propag, não há nenhum plano B. Para mim não vai fazer diferença, eu já estou na reta final [do mandato], mas se nós não aderirmos ao Propag, qualquer que seja o próximo governador, ele vai ter um estado ingovernável”, declarou Zema.

A declaração foi dada durante uma cerimônia de entrega simbólica de ônibus para as linhas metropolitanas que atendem os municípios de Contagem e Brumadinho. O evento coincidiu com a entrega à Assembleia Legislativa de um pacote com 12 projetos de lei e uma proposta de emenda à Constituição que contemplam a adesão ao Propag.

O vice-governador Mateus Simões participou, também nesta quinta-feira, de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da ALMG para detalhar as propostas e responder aos questionamentos dos deputados. Zema também destacou o caráter inédito da apresentação feita pelo vice diretamente no Legislativo, e disse que isso faz parte de uma demonstração de transparência da gestão estadual.

“É algo inédito, um vice-governador ir à Assembleia para poder mostrar o que o Estado tá fazendo. Se fosse necessário, eu iria também. Isso demonstra a nossa boa vontade. Nós somos um governo transparente, que em vez de querer esconder qualquer dado, qualquer informação, está dando ampla visibilidade.”

O pacote de projetos trata da transição do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para o Propag, da federalização de estatais como forma de abatimento da dívida e da venda de imóveis públicos. Após análise da Assembleia, as propostas devem ser sancionadas para que o Estado possa encaminhar formalmente a adesão ao programa federal, cujo prazo final é 31 de dezembro de 2025.