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AGU rebate Zema e defende ação do PV que quer obrigar vacinação para alunos

A AGU se manifestou sobre processo movido no STF, após o governador permitir matrícula de crianças e adolescentes não vacinados em Minas

Por O TEMPO
Publicado em 02 de abril de 2024 | 19:54
 
 
 
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A Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou de maneira favorável a uma ação judicial movida pelo PV no Supremo Tribunal Federal (STF). No processo, o partido pede que o governador Romeu Zema (Novo) seja proibido de liberar a matrícula em escolas estaduais para estudantes não vacinados, como ele anunciou que faria em vídeo postado nas redes sociais em 4 de fevereiro. 

“Em Minas, todo aluno, independente de ter ou não vacinado, terá acesso às escolas”, disse o governador na gravação. Para a AGU, no entanto, a Lei Estadual 20.018, de janeiro de 2012, "declara, expressamente, que podem as escolas estaduais e municipais efetivar a cobrança do cartão de vacinação atualizado, em todos os seguimentos e fases do
ensino escolar, seja infantil, fundamental ou médio, independentemente de idade e não somente para os alunos com até dez anos de idade, prestigiando a jurisprudência que se sedimentou sobre o tema". A legislação veio do Projeto de Lei 196/2011, apresentado pelo ainda deputado estadual Elismar Prado (Solidariedade). 

A gravação de Zema aconteceu ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos). A declaração foi amplamente rebatida por ministros do Governo Lula (PT), quando o presidente esteve em BH em fevereiro. 

O governador chegou a ser intimado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a prestar esclarecimentos junto à Corte, mas reafirmou que a vacinação nunca foi obrigatória em Minas Gerais para a matrícula de alunos.

A convocação respondeu às representações da deputada federal Célia Xakriabá (PSOL), da deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL), e das vereadoras Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença (PSOL), de Belo Horizonte.

De acordo com a Advocacia Geral do Estado (AGE), durante o pronunciamento o governador se limitou a afirmar que “a administração educacional não irá impor obstáculos burocráticos à efetivação da matrícula de estudantes em unidades estaduais de ensino”, e que o vídeo foi uma “manifestação singela e elucidativa, que visou a informar as famílias acerca da inexistência de impedimento à matrícula escolar, decorrentes de eventuais retardos ou omissões no acompanhamento do calendário vacinal”.

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