BRASÍLIA — Dois deputados do PL e do União Brasil pediram à Câmara dos Deputados a inclusão de suas assinaturas no requerimento de urgência do projeto de lei que anistia os réus e os condenados pelas invasões do 8 de janeiro. 

Na última segunda-feira (14), o líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou o requerimento no sistema com 262 assinaturas — entre elas estão os apoios de deputados de partidos que compõem a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional.

Até aquela altura, somente dois deputados do PL não haviam aderido à proposta, a principal aposta política do partido na Câmara dos Deputados. Pressionado, um deles, Robinson Faria (PL-RN), solicitou por ofício, nessa terça-feira (15), a inclusão de sua assinatura. Ele, aliás, é pai de Fabio Faria, ministro das Comunicações no governo Jair Bolsonaro (PL). 

A posição de Robinson Faria é fruto da pressão pública de apoiadores do PL pela adesão dos deputados à urgência. Sóstenes Cavalcante começou a coletar as assinaturas no requerimento em 3 de abril de 2025 e protocolou o documento 11 dias depois. O pai de Fábio Faria decidiu assinar depois que ele já tinha sido apresentado — e que começaram a circular os nomes dos parlamentares que não assinaram. 

O outro deputado do PL que não aderiu, e assim permanece, é Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP). Além de Robinson Faria, outro parlamentar também solicitou a inclusão da assinatura no requerimento de urgência do PL da Anistia: Delegado Matheus Laiola (União Brasil-SP). O pedido amplia para 41 o número de deputados do União Brasil que aderiram à urgência, contra apenas 19 que não assinaram. 

A posição desses parlamentares incomoda governistas, que cobram o apoio do União Brasil ao Palácio do Planalto manifestamente contrário à anistia. Principalmente porque a sigla detém dois ministérios lulistas — Comunicações e Turismo.