O senador Carlos Viana se filiou, nesta sexta-feira (1), ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Ele será pré-candidato ao governo de Minas Gerais e servirá de palanque para o atual chefe do Executivo federal tentar a reeleição. Além disso, fará parte da chapa que deve ter o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio como candidato ao Senado.

Este foi o último dia para os parlamentares se filiarem a novos partidos visando as eleições de outubro.

Eleito em 2018 ao Senado pelo PSD, Carlos Viana deixou o partido em 2021 para ingressar no MDB, já que manteve apoio a Bolsonaro enquanto sua antiga legenda passou a adotar um discurso de independência em relação ao governo. Agora, o senador migra de partido para se confirmar como o candidato do presidente em Minas.

De acordo com Viana, a mudança se deu a partir de uma articulação feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele admitiu que a situação gerou desconforto no MDB. 

“Fui muito bem recebido no partido [MDB], mas foi uma decisão estratégica que eu concordei. O presidente colocou à mesa, aceitei e vamos caminhar juntos”, disse.

O senador descarta a possibilidade de, no futuro, abrir mão de disputar o Executivo estadual. Outros aliados classificam a candidatura como “irreversível”. Para Marcelo Álvaro Antônio, que também esteve presente na filiação de Viana, a nova candidatura faz o segundo turno “ser realidade” em Minas Gerais.

Com a filiação de Carlos Viana, o PL passa a ter a terceira maior bancada do Senado, com 8 parlamentares, ao lado do Podemos. A maior segue sendo a do MDB, com 14 membros, seguido do PSD, com 11.

Liderança no Senado

Desde o início do ano, Carlos Viana tem se portado como um porta-voz do governo Bolsonaro nas sessões do Senado. 

Apesar de a liderança do governo estar vaga desde dezembro, com a renúncia do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que ocupava o posto, Viana tem orientado votos em nome do Planalto.

Na semana que vem, o senador estará no Palácio do Planalto para uma reunião com o novo ministro da Secretaria de Governo, Celio Faria Junior, para tratar de uma possível nomeação formal ao cargo no Senado.

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