O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi indicado pela bancada de seu partido para presidir a Comissão de Educação da Câmara no ano de 2024. O fato pode provocar o adiamento da instalação de todas as comissões da Casa, antes prevista para a tarde desta quarta-feira (6).
Pelo acordo firmado entre os líderes partidários na terça-feira (5), a Comissão de Educação é uma das quatro às quais o PL terá direito de comandar neste ano - e assim,de indicar seu presidente. No entanto, partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva consideram o nome de Nikolas excessivamente radical para o posto.
Líderes governistas ameaçaram retirar todos os nomes já indicados para as presidências dos colegiados aos quais terão direito caso a indicação de Nikolas seja mantida. O objetivo é esvaziar as sessões desta quarta-feira, impedir que o parlamentar mineiro seja empossado na Educação e forçar uma definição para a semana que vem.
Inicialmente, não era o desejo do deputado comandar o colegiado. No entanto, por ser tido pelos pares como um nome forte, foi convencido por outros bolsonaristas a aceitar. Nikolas está em Belo Horizonte, de licença-paternidade após o nascimento de sua primeira filha, na última segunda-feira (6), e só deve retornar a Brasília na semana que vem, o que não impediria a eleição dele para a presidência da comissão nesta quarta-feira.
Maior bancada da Câmara, o PL também irá comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante e cobiçada da Casa, indicou para o cargo a deputada Caroline de Toni (SC), nome que também não agrada ao governo. Os bolsonaristas ainda presidiram as comissões de Previdência Social e Família, com o deputado Pastor Eurico (PE), e de Segurança Pública, com Alberto Fraga (DF).