O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), solicitou, nesta sexta-feira (14/4), um pedido de esclarecimento ao prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), sobre as acusações feitas por ele em sua rede social. Em uma série de tweets, Fuad disse que Gabriel tem espalhado "mentiras teatrais" e atrasando a tramitação da votação do Projeto de Lei, que define o subsídio de R$ 500 milhões para o transporte coletivo na cidade.
No pedido feito à Secretaria do Juízo Criminal do Poder Judiciário, Gabriel diz que o chefe do Executivo "proferiu ataques pessoais e ofensas, que podem configurar uma série de crimes contra a honra". No ofício, o vereador pede que ainda que o prefeito comprove as acusações sob pena de pedido de retratação futura.
"Como se não bastasse, o ataque à honra do Presidente da Câmara Municipal direcionado pelo Chefe do Poder Executivo tem o claro propósito de atribuir a ele a prática de ato contrário ao previsto em lei (...) há claro intuito vil do prefeito em confundir as informações por meio do uso indevido das mídias sociais, para incutir sentimento de ódio nos munícipes e, assim, se voltarem contra o Presidente da CMBH", diz um trecho do pedido.
Segundo o vereador, a tramitação do PL tem seguido as regras do regimento interno da Câmara. "Por meio de vagas e genéricas afirmações, o prefeito insinua aos munícipes, de forma criminosa e inverídica, a existência de um interesse do presidente de promover o caos do transporte coletivo, como se o projeto por ele apresentado fosse a solução de todos os males da cidade, impedindo o parlamento de exercer a sua função constitucional", diz o ofício.
O embate público entre Gabriel e o prefeito Fuad Noman vem se prolongando desde a eleição da Mesa Diretora da CMBH, quando o vereador foi eleito presidente da Casa por apenas um voto de diferença em uma articulação contra a base de governo. Desde então, o vereador e o chefe o Executivo vêm adotando, ainda que de maneira velada, uma linha cítrica de um contra o outro - que inclui acusações de compra de apoio e oportunismo.
Procurada na noite desta sexta-feira para comentar o pedido de Gabriel, a Prefeitura de Belo Horizonte ainda não se manifestou.