BRASÍLIA - Após idas e vindas, o governo federal decidiu adiar o lançamento do Plano Safra 2024/2025 para a próxima semana, em 3 de julho. Inicialmente, o anúncio estava agendado para quarta-feira, dia 26, no Palácio do Planalto. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o adiamento foi necessário para a “preparação” do evento.
Ele falou brevemente com a imprensa após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Fernando Haddad (Fazenda).
O planejamento inicial era lançar tanto o Plano Safra 2024/2025, ligado à pasta de Fávaro, quanto o Plano Safra da Agricultura Familiar, ligado ao MDA, em evento no Planalto.
Nos bastidores, relatos dão conta que o governo fez dois movimentos. O primeiro é que não há consenso e “estudos ainda precisam ser feitos” sobre o valor para o Plano Safra aos grandes grupos do agronegócio. Já montante a ser anunciado para agricultura familiar já está fechado.
O outro movimento é que o Palácio do Planalto quis evitar o esvaziamento da cerimônia de lançamento. Isso porque, na semana passada, Carlos Fávaro chegou a dizer que o evento aconteceria em Rondonópolis (MT).
A ideia de fazer a cerimônia no Mato Grosso era uma tentativa de criar uma agenda positiva do presidente Lula, que ainda sofre forte rejeição de setores ligados ao agronegócio.
O petista, inclusive, chegou a questionar, em entrevistas no ano passado, essa rejeição ao pontuar que a gestão dele fez o “maior Plano Safra da história”. Ano passado, foram anunciados R$ 364,22 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial para custeio e investimento.