BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, adiantou algumas medidas que devem ser adotadas pelo governo federal para combater o cenário de queimadas que assolam praticamente todo o Brasil. Em sua fala, durante reunião com os chefes dos Poderes, nesta terça-feira (17), a ministra citou a criação do Conselho sobre Mudança no Clima, que vai reunir representantes dos ministérios, do Legislativo, do Judiciário e também de diversos setores da sociedade, como o setor empresarial.
“Mais que mitigar os efeitos, que possamos transformar. Já temos vantagens competitivas, vamos transformar em vantagens colaborativas. Podemos transformar o Brasil em um exportador de sustentabilidade”, afirmou.
Desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2023, Marina Silva defende a criação do conselho para funcionar como um espaço de pactuação das políticas públicas.
Outra medida citada pela ministra é a elaboração de um Plano de Controle de Prevenção e Enfrentamento aos Efeitos Climáticos Extremos. Segundo ela, o texto já está na Casa Civil e deve ser “preenchido com as ações necessárias” no combate às queimadas e à seca no Brasil. Marina ainda comparou ao Plano de Desmatamento, que no primeiro ano após implementado, reduziu em 50% o desmatamento no país.
Governo quer 'compartilhar responsabilidades'
Após crise causada pelas queimadas e pela seca no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu convocar para esta terça-feira uma reunião com os chefes dos Três Poderes para discutir medidas de combate às queimadas no Brasil. O objetivo, segundo o governo, é “compartilhar responsabilidades”.
“Queremos ouvir outros segmentos da sociedade, compartilhar com o Congresso, com o Judiciário, uma solução que seja definitiva para o brasil na questão climática”, afirmou Lula.
Atualmente, 5 milhões de quilômetros quadrados do território nacional, o equivalente a 60% do total, está sob risco de fogo, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente.
Estão presentes na reunião o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, além de ministros e autoridades de outros Poderes.