BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, retornou nesta quarta-feira (30) de uma viagem de três dias aos Estados Unidos após participar de uma conferência da ONU sobre a questão da Palestina, em Nova York.
Antes de embarcar para os EUA, ele indicou ao governo do presidente Americano Donald Trump que estaria à disposição para se deslocar a Washington e se reunir com negociadores da Casa Branca para discutir a tarifa de 50% anunciada sobre as exportações brasileiras. Porém, não recebeu resposta das autoridades.
O gesto do chanceler brasileiro foi mais uma tentativa de aproximação com o governo Trump com o objetivo de evitar a implementação do tarifaço a partir da próxima sexta-feira (1). No Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vêm buscando contato com membros do governo americano.
Nesta quarta-feira, Haddad afirmou que as conversas com interlocutores dos EUA “estão evoluindo” e que essa semana foi melhor que as anteriores. Alckmin vem conversando com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, sobre o assunto. No entanto, para a abertura de uma negociação formal, é preciso do aval de Donald Trump.
Questão palestina
Em sua agenda em Nova York, Mauro Vieira participou de uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a implementação da Solução de Dois Estados entre Israel e Palestina. O Brasil presidiu um dos grupos de trabalho do evento.
No evento, o chanceler voltou a condenar violações do direito internacional e humanitário cometidas pelo governo israelense na Faixa de Gaza e pediu que outros países reconheçam a existência do Estado Palestino.
“Quando confrontadas com alegações credíveis de genocídio, invocar a Lei internacional não é suficiente, temos que aplicá-la com determinação”, disse Vieira na conferência.