BRASÍLIA - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou neste sábado (6/9) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é um “candidato fantoche” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nos últimos meses, vem crescendo o movimento, na direita e no Centrão, para que Tarcísio concorra ao Palácio do Planalto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Segundo Gleisi, ele vai aumentar a desigualdade caso se torne presidente da República.
“Foi o que Bolsonaro e Guedes fizeram, levando o Brasil de novo para o Mapa da Fome, e que Tarcísio, o candidato fantoche, pensa em repetir. Indultar Bolsonaro e aumentar a desigualdade é seu programa de governo. Mas não é o programa do país”, disse, em publicação nas redes sociais.
O post da ministra veio em resposta a declarações do governador após o leilão do túnel Santos-Guarujá, na última sexta-feira (6/9). A obra será feita em parceria entre os governos federal e estadual, em que as partes devem investir cerca de R$ 5 bilhões.
“Tarcísio anunciou ontem que, depois de indultar Bolsonaro, se fosse presidente iria aumentar a desigualdade social no país. É isso que vai acontecer se o mercado substituir o estado, como ele defendeu horas depois depois do leilão do Túnel Santos-Guarujá. [...] E que a construção do túnel só vai ser possível porque o Porto de Santos não foi privatizado como ele queria”, disse Gleisi.
Na sexta-feira, após o evento em São Paulo, Tarcísio disse que é o mercado quem vai reduzir a desigualdade social no país. “A gente acredita na iniciativa privada como força motriz. A gente acredita que é o recurso privado que vai trazer transformação. [...] O Estado em si não daria conta de fazer isso”, declarou.
Nos últimos dias, Tarcísio ganhou destaque na articulação pelo avanço do projeto de lei da anistia ao 8 de janeiro, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Após reuniões entre eles e líderes da Oposição e do Centrão, a pauta ganhou força na Câmara dos Deputados, apesar de ainda encontrar maior resistência no Senado. A postura do governador gerou críticas de ministros do governo Lula.