BRASÍLIA - A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu nesta segunda-feira (8/9) com ministros de partidos da base aliada para tratar da agenda legislativa até o final do ano. Além disso, pediu que atuem para evitar o andamento no Congresso da votação do projeto que dá anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Entre os projetos destacados pela ministra, estão o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
“Todos concordamos em fortalecer as pautas da isenção do IR até R$ 5 mil, as MPs da redução da conta de luz, do Gás do Povo, a PEC da Segurança Pública, entre outras. Esta é a agenda que dialoga com os interesses do país e do povo, em consonância com o que veem afirmando os presidentes @HugoMottaPB e @davialcolumbre. Vamos trabalhar juntos para que esta agenda avance: trabalhar pelo Brasil e pelo povo brasileiro!”.
Na reunião, estavam os ministros do PSD, do MDB e do União Brasil, além dos ministros Márcio França (PSB) e Luciana Santos (PCdoB). Ao defender “a agenda que dialoga com os interesses do país e do povo”, Gleisi Hoffmann fez oposição à pauta da anistia.
Em meio à pressão da oposição para que a proposta seja levada ao plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta segunda-feira (8/9) que a Casa tem “compromisso” em aprovar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Motta afirmou ter endossado o posicionamento em conversa com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ele, há um entendimento na Câmara de que o tema é prioridade para o Brasil e para os brasileiros.
Nos últimos dias, Tarcísio ganhou destaque na articulação pelo avanço do projeto de lei da anistia ao 8 de janeiro, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após reuniões entre eles e líderes da Oposição e do Centrão, a pauta ganhou força na Câmara dos Deputados, apesar de ainda encontrar maior resistência no Senado. A postura do governador gerou críticas de ministros do governo Lula.
Gleisi Hoffmann, por exemplo, afirmou no sábado (6/9) que Tarcísio de Freitas é um “candidato fantoche” de Bolsonaro.
A reunião com os ministros da base aliada também acontece em meio à decisão da Federação formada por PP e União Brasil de desembarcar do governo Lula, oficializada na terça-feira (2/9). A ordem dos partidos é que os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) deixem seus cargos.