“Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus”, escreveu.
Janja ainda argumentou que a fala de Lula não se referiu ao povo judeu, mas sim “ao governo genocida”. “Sejamos honestos nas análises. Perguntei certa vez a uma jornalista por que a imprensa não divulga as imagens do massacre em Gaza, ao que ela me respondeu: ‘porque são muito fortes as imagens das crianças mortas’. Se isso não é esconder o genocídio, eu não sei o que é”.
Contudo, ressaltaram que a repercussão que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e outros membros do primeiro escalão do governo de Israel têm dado ao fato tem sido “desproporcional” e com o intuito de constranger Lula, inclusive chamando o embaixador do Brasil em Tel-Aviv, Frederico Meyer, para uma reprimenda.
Dessa forma, o corpo diplomático brasileiro e auxiliares do presidente têm analisado um outro gesto para amenizar a situação e mostrar aos judeus que o petista não teve intenção de ofender a comunidade judaica, mas sim fazer um desagravo às estratégias de Netanyahu diante da guerra. A exemplo do que fez Janja pelas redes sociais.
Em relação ao governo de Israel, já existe o entendimento de que não será mais possível construir uma relação, uma vez que ela já estava estremecida pelas constantes críticas de Lula desde o início do conflito. Em viagem à África por cinco dias, o presidente cumpriu compromissos no Egito e na Etiópia. A situação na Faixa de Gaza, epicentro do conflito entre Israel e Hamas, foi um dos temas mais explorados por Lula em suas agendas.