BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará neste mês de agosto o julgamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), ré por perseguir um apoiador de Lula com uma pistola em mãos na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. 

Ainda que a análise do processo estivesse paralisada, a Corte compôs maioria para condenar Zambelli à prisão por cinco anos e três meses com os votos de seis ministros; do relator Gilmar Mendes e de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.

Ainda votarão André Mendonça, Edson Fachin, Luiz Fux, Luis Roberto Barroso e Nunes Marques. A perspectiva é que eles depositem seus votos no sistema online do Supremo Tribunal Federal a partir de 15 de agosto, quando o plenário virtual será aberto. No formato, não há discussão direta entre os ministros sobre o procedimento em questão.

Essa pode ser a segunda condenação de Carla Zambelli no STF. Antes, em maio, a Corte a condenou a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada esteve foragida na Itália até a última terça-feira (29/7), e, desde então, permanece detida no sistema prisional italiano à espera de que a Justiça do país analise o pedido do Brasil para extraditá-la.

No processo que ainda será concluído pelo Supremo, Zambelli responde pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Os seis ministros que votaram, e compõe maioria para condená-la, pedem ainda que, além da prisão, Zambelli perca o mandato parlamentar e sofra com a cassação definitiva de seu porte de arma.