BRASÍLIA - Jair Bolsonaro (PL) não deverá comparecer à abertura do julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) da suposta trama golpista, nesta terça-feira (2/9), de acordo com informação de interlocutores do ex-presidente. Ele está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto e tem enfrentado crises de soluço, que levam a vômitos.
O julgamento de Bolsonaro e mais sete réus na ação penal da suposta tentativa de golpe começa nesta terça-feira, dia 2 de setembro. De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente liderava uma suposta "organização criminosa estruturada para impedir que o resultado da vontade popular expressa nas eleições presidenciais de 2022 fosse cumprida". A PGR também aponta que ele seria o maior beneficiário caso o golpe fosse concretizado.
O ex-presidente responde pelos seguintes crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Somados, podem dar pena de 43 anos de cadeia.
Ex-presidente segue em prisão domiciliar
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, no início de agosto, alegando que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas a ele. A ordem inclui o monitoramento por tornozeleira eletrônica e por policiais dentro de seu condomínio, em Brasília.
A Polícia Federal apontou viu risco de fuga, além de tentativa de Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de coagir autoridades envolvidas no julgamento do golpe. O parlamentar se mudou para os Estados Unidos para buscar sanções contra autoridades brasileiras.