Por videoconferência

Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta sexta (26) sobre caso das joias

O depoimento será por videoconferência a agentes da PF que estão nos Estados Unidos para diligências do inquérito

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 26 de abril de 2024 | 11:53
 
 
 
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O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presta novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (26). Ele será questionado no inqúerito que apura o caso das joias dadas como presente pelo governo saudita.  A informação é do blog da Camila Bomfim, do portal G1. O militar deve ser questionado sobre a confirmação de informações da PF.

A intenção é que Cid seja ouvido por videoconferência, já que agentes da PF à frente da investigação estão em diligência nas cidades de Miami, Wilson Grove e Nova Iorque, nos Estados Unidos, para apurar a suspeita de venda dos itens. A equipe brasileira conta com o apoio de forças americanas para a operação.

Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército desde 22 de março. Na ocasião, ele foi preso após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo descumprimento de medidas cautelares. O militar teve que prestar esclarecimentos após o vazamento de áudios atribuídos a ele e com críticas à atuação da PF e do ministro do STF Alexandre de Moraes em meio à sua delação premiada.

O caso das joias foi revelado pelo jornal Estado de S. Paulo. De acordo com a denúncia, Bolsonaro teria incorporado ao seu acervo pessoal joias de alto valor dadas como presente pelo governo da Arábia Saudita em outubro de 2019. Entre elas estava um kit de joias com um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. Após a revelação do caso, o ex-presidente devolveu os itens ao patrimônio da União.

Investigações da PF apontaram que, antes da devolução das joias, a equipe que cercava Bolsonaro negociou a venda dos itens para empresas de leilão nos Estados Unidos. Um kit, que já estava á venda no site de uma empresa, precisou ser recuperado para ser entrega às autoridades brasileiras. O caso virou motivo de um inquérito.

A PF apura se os valores obtidos na comercialização desses objetos teriam sido convertidos em dinheiro vivo e “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.

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