A Procuradoria Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu uma apuração preliminar para apurar as circunstâncias do apagão de dados do Ministério da Saúde ocorrido em dezembro do ano passado. A informação foi repassada à Corte máxima do Judiciário brasileiro em resposta a uma notícia-crime apresentada por deputados do PT ao STF, que enviou à PGR a solicitação para investigar o episódio. A peça assinada pelos deputados federais Reginaldo Lopes (MG), Gleisi Hoffmann (PR) e Bohn Gass (RS) questiona se o sumiço dos dados no momento em que se discutia a adoção de passaportes de vacina não teria se dado em caráter deliberado.

Na petição à Corte, o vice-procurador geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, informa que não solicitará uma investigação formal à Corte para evitar "duplicidade", já que a Polícia Federal investiga um possível ataque hacker, que poderia ter gerado o apagão. A PGR, porém, informa que instaurou uma notícia de fato, por meio da qual "solicta informações à Polícia Federal acerca das investigações já levadas a efeito no inquérito instaurado para apurar as circunstâncias do suporto ataque cibernético nos bancos de dados do Ministério da Saúde, ocorrido em 10 de dzembro de 2021".

Quanto a outro pedido feito pelos requerentes, relativamente a um suposto ato de improbidade administrativa praticado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a PRG requereu o envio do caso ao primeiro grau, já que não haveria foro especial para este tipo de procedimento. 

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