Manifestação

Marcha das Margaridas deve reunir mais de 100 mil mulheres em Brasília em 2 dias

O evento acontece a cada quatro anos. A edição de 2023 tem o lema “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver

Por O Tempo Brasília
Publicado em 15 de agosto de 2023 | 14:28
 
 
 
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Mais de 100 mil mulheres brasileiras do campo, da floresta, das águas e das cidades, além de representantes de 33 países, são esperadas terça (15) e quarta-feira em Brasília, para participar da 7ª Marcha das Margaridas. O ponto alto é uma caminhada na Esplanada dos Ministérios, marcada para o segundo dia.

Coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), federações e sindicatos filiados e 16 organizações parceiras, o evento acontece a cada quatro anos. A edição de 2023 tem o lema “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.

Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, devido à luta pelos direitos da categoria. Fazendeiros da região são suspeitos do homicídio. O crime segue sem solução.

As principais demandas reivindicadas este ano pela 7ª Marcha das Margaridas estão divididas em 13 eixos políticos que serão debatidos nos dois dias do evento:

  • Democracia participativa e soberania popular;
  • Poder e participação política das mulheres;
  • Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo;
  • Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade;
  • Proteção da natureza com justiça ambiental e climática;
  • Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética;
  • Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios;
  • Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns;
  • Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional;
  • Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda;
  • Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária;
  • Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo;
  • Universalização do acesso à internet e inclusão digital.

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