O União Brasil confirmou nesta quinta-feira (14) que o deputado federal Luciano Bivar, presidente do partido, será o pré-candidato da legenda à Presidência da República. A decisão, por unanimidade, encerra o plano do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro de concorrer ao Palácio do Planalto pela legenda. A provável escolha por Bivar já havia sido adiantada pelo líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), na terça-feira (12).

"A Comissão Executiva Nacional Instituidora do União Brasil aprovou na manhã desta quinta-feira, 14 de abril, por unanimidade, a indicação do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar, como pré-candidato à presidência da República", diz a nota divulgada pela legenda.

Segundo o União Brasil, com a escolha, o partido passará a debater uma candidatura única com os outros partidos da chamada terceira via que têm candidatos colocados.

"A partir de agora, conforme combinado previamente, o União Brasil se reunirá com os demais partidos que compartilham os mesmos ideais e projetos em busca de um nome de consenso", diz o partido, em referência a MDB, PSDB e Cidadania.

O União Brasil ainda informou que, com a escolha de Bivar como pré-candidato, este deixará de participar das conversas como dirigente do partido.

"Para facilitar esse diálogo, na condição de pré-candidato, Bivar se afastará da mesa de negociações e deixará essa tarefa a cargo do vice-presidente nacional do União, Antônio de Rueda, do líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento e do líder do partido no Senado, Alcolumbre", diz a nota da sigla, assinada pelos 17 dirigentes do União Brasil.

Luciano Bivar vai disputar a chance de ser candidato do conjunto de quatro partidos com Simone Tebet, a indicada do comando do MDB, e João Doria, o escolhido pelo PSDB nas prévias. O também tucano Eduardo Leite corre por fora para compor uma futura chapa em algum posto.

Preterido na disputa presidencial, Sergio Moro teria como opções disputar uma vaga ao Senado ou à Câmara Federal por São Paulo. Ele alterou seu domicílio eleitoral para a capital paulista. Por isso, inclusive, ele é alvo do Ministério Público Eleitoral, que quer investigar se houve fraude pelo fato de o ex-juiz indicar um flat como seu domicílio. Moro, que deixou o Podemos por considerar que não tinha apoio suficiente para a candidatura, já disse mais de uma vez que não concorrerá a uma vaga de deputado. A vaga de Senado, porém, não é garantida na nova legenda.

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