O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), rebateu nesta segunda-feira (22) as críticas do vice-governador, Mateus Simões (Novo) sobre o Carnaval de Belo Horizonte. Fuad disse que o Carnaval não tem dono e que o vice-governador "andou falando bobagens" e não estava na capital no ano passado.
“O Estado aportou com patrocínio R$ 4 milhões desse total que nós mostramos em gastos da prefeitura. A relação com o governo do Estado é uma relação normal. O vice-governador andou falando umas bobagens aí, de quem não conhece o Carnaval. Parece que ele nem participou do Carnaval ano passado aqui, deve ter viajado, porque não viu. E aí fala bobagem, mas essas coisas a gente supera, porque não importa. O Carnaval não é meu, o Carnaval não é dele, o Carnaval não é nenhum dos patrocinadores, o Carnaval é do povo”. alfinetou Fuad.
Em resposta a O TEMPO, o vice-governador Mateus Simões (Novo), disse não estar acompanhando a questão. "Concentrar em trabalhar. BH pode sempre contar com o Governo do Estado", afirma.
Na semana passada, em evento do governo para anunciar as ações do Estado para o Carnaval _ inclusive o investimento de R$ 4,5 milhões no sistema de sonorização nas avenidas dos Andradas e Amazonas, Simões disse que a Prefeitura de Belo Horizonte deixou a festa momesca se 'apequenar' por não usar a Lei de Incentivo à Cultura para financiar a festa e, na visão dele, ter menor público no ano passado.
"No último ano (2023) nós vimos o Carnaval de Belo Horizonte perder potência. Não acompanhou o crescimento que estava desde que começou, nos últimos oito anos, com ex-prefeito Márcio Lacerda", avaliou Simões.
A declaração do vice-governador diverge dos números apresentados pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), que é responsável por organizar o Carnaval de Belo Horizonte. Conforme o levantamento o número de foliões aumentou de 4,5 milhões de 2020 para 5,2 milhões em 2023.
O estudo também mostrou que, no ano passado, a festa movimentou cerca de R$ 721 milhões, número maior que os R$ 432 milhões de 2020. Houve também um crescimento no número de blocos, de 521 para 540. Nos anos de 2021 e 2022, a festa foi suspensa em Belo Horizonte por causa da pandemia da Covid-19. (Com Letícia Fontes, Rayllan Oliveira e Hermano Chiodi)