O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) declarou apoio às duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tratam da reforma tributária nesta segunda-feira (20). O texto que o governador mineiro deu aval é uma mistura de duas PECs apresentadas pelo Grupo de Trabalho (GP) do tema, liderado pelos deputados federais mineiros Reginaldo Lopes (PT) e Newton Cardoso Jr. (MDB).

Os textos, em breve, devem ir a votação no Plenário da Câmara dos Deputados. O governador reforçou o apoio em vídeo acompanhado dos parlamentares, em agenda no Bando de Desenvolvimento de Minas Gerais (BMDG). À tarde, o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), também foi apresentado à nova proposta. 

“Recebendo a proposta da reforma tributária dos nossos deputados aqui, Reginaldo Lopes e Newton Cardoso, e quero frisar que estou totalmente favorável. Precisamos de justiça no sistema tributário no Brasil. Precisamos fazer com quem trabalhe e produza, fique aplicando o seu tempo, os seus esforços, na atividade, e não tentando entender este manicômio tributário que foi criado no Brasil. Estamos juntos, deputados. O Brasil cresce, e todos ganham”, definiu Zema.

O momento é emblemático. É a primeira aparição pública em que o chefe do Executivo mineiro pontua um alinhamento tão claro com seu opositor, Lula (PT), o que, na análise de Reginaldo Lopes, demonstra que a reforma tributária do petista é “uma reforma de Estado, não de governo”. Além disso, o parlamentar crê que, caso a proposta siga sendo vista com bons olhos pela oposição, há mais chances de que ela não sofre problemas na tramitação no Congresso.

"A reforma tributária vai corrigir essas distorções, dando mais segurança, transparência e eficiência à economia brasileira. As exportações, sobretudo de Minas Gerais, ficarão mais competitivas. Desta forma, o estado passará a atrair mais investimentos e a gerar mais empregos. É disso que o país precisa", pontuou Zema.

“O apoio de Zema demonstra que é uma reforma de Estado, não de governo. A reforma que defendemos dá a possibilidade de Minas diversificar a economia. Tudo que gastar nos processos ser abatidos no recolhimento do imposto. Isso faz o Brasil crescer, e permite a partir daí, Mina, que é um pequeno Brasil, também possa crescer podemos fazer. Com a guerra fiscal, todos perderam. Agora, todos vão ganhar”, opina Lopes.