Gabriel Milito admite sentir "muita raiva e preocupação" quando o Atlético concede gols ao time adversário, permitindo uma derrota ou empate num jogo que estava "totalmente controlado". Foi o que aconteceu diante do Vitória. Em partida disputada neste sábado (5), na Arena MRV, o Galo foi para o intervalo com 2 a 0 no placar. No segundo tempo, tudo desandou e o time levou o empate em quatro minutos, além de ver a expulsão do goleiro Everson.

"Por distintos motivos, após dominar o jogo e estar com o resultado a favor, concedemos gols (ao adversário)", lamenta o treinador. "São concessões que não podem acontecer, mas aconteceram. Temos que seguir falando e melhorar", observa Milito, que não usa como justificativa para os maus resultados no Campeonato Brasileiro o fato de escalar uma equipe mista, já que o Atlético disputa ainda as semifinais da Copa do Brasil e da Libertadores.

O técnico argentino salienta que a parte física acaba sendo prejudicada com tantos jogos, com muitos atletas terminando a partida fatigados, mas, para ele, isso não pode ser usado como justificativa para ceder o empate contra o Vitória. Ele define os gols tomados como "totalmente evitáveis", em situações que o time estava com a bola e permitiu um escanteio, no primeiro do Vitória, ou um contra-ataque saído do campo ofensivo, como aconteceu no lance do segundo.

Milito avalia que o pensamento do grupo não pode estar voltado para as Copas. "Se hoje estou jogando o Brasileirão, as Copas não  me importam. Quando chegar o momento de uma Copa, aí vou pensar nela. Somos profissionais e não podemos pensar em Copa quando temos antes um jogo muito importante para resolver. E que, quando não resolve, gera uma sensação de que a situação está feia", alerta o treinador, que espera corrigir esses problemas no próximo jogo, contra o Grêmio, na quarta-feira.