O deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente do PSDB em Minas Gerais, entrou na defesa do ex-governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), após postagem do atual vice-governador Mateus Simões (Novo). O parlamentar subiu o tom e chegou a dizer, em nota encaminhada à imprensa, que a postagem foi um momento de “surto” de Simões.
“Ele (Mateus Simões) parece recorrer a ataques gratuitos contra aqueles que, em passado recente, bajulava em busca de uma vaga no PSDB, partido ao qual era filiado”, afirmou Paulo Abi-Ackel.
A polêmica começou após uma entrevista de Aécio Neves à FM O TEMPO na quarta-feira (11 de dezembro). Durante sua fala, o parlamentar tucano disse que Minas, com o atual governo, não participa dos principais debates nacionais. “Paralisado, sem qualquer influência nas grandes questões nacionais”, afirmou. Como resposta, Mateus Simões afirmou que se “irrelevância nacional” é ficar longe de notícias relacionadas à corrupção, o governo mineiro está tranquilo.
“Se para Aécio Neves, "irrelevância nacional" significa não ter o nome ligado a corrupção, rachadinhas ou ameaças, sigo tranquilo. Estamos focados em reconstruir Minas, corrigir seus estragos e tirar o Estado das manchetes vergonhosas que ele nos colocou. Trabalho não falta”, divulgou o vice-governador.
Na nota divulgada nesta quinta-feira, Paulo Abi-Ackel defendeu a história de Aécio Neves. “Mateus esquece que Aécio foi absolvido de todas as acusações irresponsáveis que lhe foram imputadas e é amplamente reconhecido como o melhor governador da história de Minas Gerais. Ele recebeu o Estado em condições financeiras e econômicas semelhantes às que o atual grupo político de Zema/Simões enfrenta, mas, em apenas dois anos, surpreendeu a todos com um saneamento econômico, volume extraordinário de obras”, afirmou.
O presidente do PSDB de Minas ainda afirmou que falta ao governo Zema capacidade de se relacionar com outros poderes, reforçando a fala feita por Aécio durante entrevista a O TEMPO. “Os resultados do governo Aécio foram reconhecidamente positivos em áreas estratégicas, como educação, segurança, infraestrutura e assistência social. Além disso, havia uma relação de respeito com o governo federal, algo que vem faltando sistematicamente nas últimas gestões, prejudicando a voz de Minas no cenário nacional”, disse Paulo Abi-Ackel.