Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser alvo de mandados de busca e apreensão e ter sido proibido de manter contato com outros investigados, seus filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro - que também são alvos da investigação - reagiram nas redes sociais. A decisão do Supremo Tribunal Federal impede o ex-presidente de conversar com ambos, além de impor outras restrições.

Em sua conta no X, Eduardo escreveu: “(ministro do Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes dobrou a aposta e, após o vídeo de Bolsonaro para o (presidente dos Estados Unidos), Donald Trump, ontem, Moraes determinou hoje a Jair Bolsonaro: 1 – Uso de tornozeleira eletrônica; 2 – Proibição de sair de casa entre 19h e 7h; 3 – Proibição de uso de redes sociais; 4 – Proibição de contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros; 5 – Proibição de se aproximar de embaixadas; 6 – Proibição de contato com outros investigados (eu e meu irmão Carlos estamos entre os investigados)”. Ele publicou as imagens de Trump e Moraes em lados opostos, sugerindo um "embate" entre os dois.

O deputado federal licenciado está nos Estados Unidos e tem tentado articular para que Donald Trump imponha sanções ao Brasil e a personagens envolvidos no processo judicial de tentativa de golpe como forma de tentar impedir a prisão de seu pai. Após o presidente norte-americano anunciar uma taxação de 50% ao país e associar a medida ao processo de Bolsonaro no STF, Eduardo saiu em defesa da decisão. Ele classificou as sanções como “alavancas”. 

Já o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, pré-candidato ao Senado por Santa Catarina, usou de um trecho bíblico dizendo “fica firme, pai, não vão nos calar!”. “A proposital humilhação deixará cicatrizes nas nossas almas, mas servirão de motivação para continuarmos lutando pelo nosso Brasil livre de déspotas. Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes para tomar medidas totalmente desnecessárias e covardes”, afirmou. 

Ele avaliou que o ato é “típico de uma inquisição” e defendeu que já há uma “sentença final pronta” antes mesmo de o processo judicial começar. “O ardil é tanto, que faz exatamente no início do recesso parlamentar, quando Brasília está vazia. Mas seu cálculo certamente esqueceu de levar em conta que hoje, 18/Jul, é o Mandela Day. Dia em que o mundo celebra o símbolo de resistência e luta pela liberdade!”. 

Segundo Carlos, até os adversários de Bolsonaro sabem da inocência e honestidade do ex-presidente. “Todos nós sabemos que você não merecia estar passando por isso. Deus vai te honrar, pai! O mundo dá volta rápido e o povo fica ao lado de quem é injustamente perseguido, como você está sendo, implacavelmente, há anos”, avaliou. 

Ele finalizando dizendo que o pai “vai sair ainda maior e mais forte de tudo isso” para liderar o “resgate” do Brasil.