Caminhões de todo o país chegaram a Brasília neste sábado (15) para uma manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que convocou mobilizações em várias capitais brasileiras em reação à sua perda de popularidade e às críticas por sua gestão da pandemia.
“Cristãos e ruralistas se unem em apoio ao presidente Bolsonaro” publicaram em suas redes sociais a chamada “Marcha da Família Cristã pela Liberdade”, que promove a ação convocada em quase todas as capitais do país, que continua contando mais de 2.000 mortes por dia devido à Covid-19.
Veja vídeo da manifestação
Apoio
“Estamos aqui apoiando o nosso presidente. Precisamos de apoio, porque na pandemia a agricultura não parou”, disse Carine de Souza, produtora rural do Mato Grosso.
Bolsonaro sobrevoou a manifestação em um helicóptero e apareceu a cavalo para se encontrar com as dezenas de milhares de seguidores de seu núcleo mais duro que começaram a se reunir cedo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Ele agradeceu aos ruralistas e caminhoneiros e voltou a atacar "alguns governadores e prefeitos" que impuseram medidas de restrição à circulação para conter a pandemia.
Discurso
Em um breve discurso, o presidente voltou também à acusação contra o sistema de votação eletrônica, que coloca em dúvida sem apresentar provas. Referindo-se a Lula, afirmou que "se não tivermos o voto auditável, esse canalha pela fraude ganha as eleições do ano que vem".
A defesa do voto impresso também foi central na pequena manifestação em São Paulo, onde menos de uma centena de pessoas lotaram a Avenida Paulista vestidas com as cores da bandeira nacional.
"O voto impresso é a garantia que o povo tem para garantir a democracia", disse Arlette Oliveira, de 68 anos, no protesto ao qual compareceu com um cartaz defendendo essa ideia.
Em outras capitais, mobilizações responderam ao apelo do presidente.
Além de defender o voto impresso, os manifestantes se concentraram na defesa de uma agenda religiosa e se manifestaram contra o STF e o Congresso, instituições que têm servido de contrapeso à insistência de Bolsonaro em contestar às medidas de quarentena de governadores e prefeitos para coibir a propagação da Covid-19