As votações no plenário da Câmara foram encerradas mais cedo nesta quinta-feira (13) por falta de quórum após a vereadora Flávia Borja (PP) fazer um discurso contra acusações do presidente da Casa, Gabriel Azevedo (sem partido).
A vereadora por Belo Horizonte Flávia Borja (PP) fez um discurso em que acusa o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido), de tê-la ofendido e transformado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha em uma comissão com fins eleitoreiros. pic.twitter.com/Ryyegq8dFn
— O Tempo (@otempo) July 13, 2023
Com o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha na quarta-feira (12), o vereador disparou contra vários colegas, focando especificamente em Flávia, a quem chamou de falsa cristã e declarou ter “um preço na testa”.
Ela teve apoio de vários colegas, que usaram preto e a abraçaram após discurso em que acusou Azevedo de tê-la ofendido. A pauta da Câmara tinha dezenas de requerimentos e projetos previstos para análise, mas as reuniões, por ora, foram obstruídas depois de Flávia abrir as conversas com sua defesa.
A vereadora continuou o discurso de ataque ao presidente Gabriel Azevedo. Durante o ato, a chamada “Família Aro”, parte da base de Fuad Noman (PSD) na Casa, e vereadoras mulheres foram vestidas de preto ao plenário em apoio à Flávia Borja. No fim do discurso, ela foi abraçada por… pic.twitter.com/GFq4WYVKg2
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Após a fala da vereadora Flávia Borja em plenário, diversos vereadores manifestaram apoio a parlamentar. Com o fim dos pronunciamentos, o presidente da Casa solicitou verificação de quórum e a sessão foi encerrada.
Carroceiros, defensores da causa animal e integrantes de movimentos conservadores que aguardavam a votação dos itens da pauta, vaiaram os parlamentares.
Entre os projetos a serem votados estavam, o veto do prefeito Fuad Noman (PSD) a proposta que pretendia proibir o ensino de linguagem neutra nas escolas públicas e privadas da cidade, além dos PL que propõe reduzir de dez para cinco anos o encerramento das atividades de transporte de carroceiros na capital.
Os vetos do Executivo sobre o subsídio ao transporte suplementar também estavam na pauta de votação. Após o fim da sessão, os vereadores se reuniram com o objetivo de chegar a um acordo sobre a votação.
Nos bastidores, o entendimento é que não há clima para votar nos próximos dias após últimos acontecimentos. A expectativa é que na sessão desta sexta-feira, também não haja quórum para votação.
A sessão de amanhã é a última ordinária do mês. Entre os vereadores se comenta que não deve haver também convocação de extraordinária nos próximos dias. As votações pendentes deve ficar para o próximo mês.