Copa do Mundo

Lula e Alckmin vão assistir em Brasília confronto do Brasil contra Suíça

Apesar da presença do presidente eleito em Brasília, transmissão desta segunda (28) deve ser reservada, diferente do jogo de estreia do Brasil na Copa

Por Lucyenne Landim
Publicado em 28 de novembro de 2022 | 09:37
 
 
 
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O presidente e o vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), irão assistir ao segundo jogo do Brasil nesta Copa do Mundo em Brasília (DF). A seleção irá confrontar a Suíça a partir das 13h desta segunda-feira (28). Os dois estão na capital federal para compromissos da transição de governo, que tem Alckmin como coordenador.

Diferente do jogo entre Brasil e Sérvia na última quinta-feira (24), no entanto, não deve haver uma espécie de evento nesta segunda. Lula e Alckmin devem assistir à transmissão de forma mais reservada. Um dos motivos é o aumento dos casos de contaminação de Covid-19 e a atenção necessária à saúde do petista, que passou por um procedimento cirúrgico na laringe em 20 de novembro. Por conta disso, o presidente eleito assistiu ao primeiro jogo em casa, em São Paulo.

No confronto entre Brasil e Sérvia, houve a abertura do teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição, para que a equipe que trabalha no local assistisse ao jogo. Alckmin e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assistiram no local junto aos outros integrantes técnicos e políticos, além da imprensa. Pipoca e refrigerante foram distribuídos para os presentes que usavam, em grande maioria, camisas da seleção brasileira em uma tentativa de desvincular as cores verde e amarela de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lula tem agendas políticas para destravar PEC da Transição

Lula chegou em Brasília na noite de domingo (27) para cumprir pendências políticas e participar da negociação pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Visto como essencial para que o futuro governo cumpra promessas de campanha, o projeto segue com entraves. 

A PEC é negociada desde a semana seguinte à vitória de Lula nas urnas, em 30 de outubro, mas ainda não tem consenso e garantia de aprovação no Congresso Nacional. Diante disso, a apresentação do texto final vem sendo postergada. A expectativa é que a presença de Lula destrave a articulação política em busca de um texto que tenha acordo.

A PEC propõe a retirada da regra do teto de gastos públicos das despesas com o Bolsa Família - em substituição ao Auxílio Brasil - com parcela de R$ 600 e o valor extra de R$ 150 para famílias com crianças de até seis anos. A pauta foi promessa de campanha de Lula e Alckmin. O custo para os cofres públicos pode chegar a R$ 175 bilhões.

O presidente eleito tem outras pendências políticas na capital federal. Depende do presidente eleito a nomeação dos integrantes que irão compor o grupo técnico responsável pela área da Defesa no gabinete de transição de governo. A área é sensível ao governo eleito pela proximidade de militares com o governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lula também precisa definir sua equipe ministerial, que ainda não tem nomes a pouco mais de um mês da posse presidencial. A falta do indicado que irá chefiar o Ministério da Fazenda, inclusive, foi vista como fator que atrapalha a articulação pela PEC da Transição, na avaliação do senador Jaques Wagner (PT-BA).

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