BRASÍLIA - O advogado do general Braga Netto, José Luis de Oliveira Lima, apostará em ataques à delação premiada de Mauro Cid para propor a absolvição do réu em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Na chegada à Primeira Turma, nesta quarta-feira (3/9), segundo dia de sessão, ele repetiu que não há “nada concreto” contra o general.

“O acordo de colaboração premiada de Cid é viciado, mentiroso e desprovido de provas. Vamos atacar todos os argumentos colocados. Vamos mostrar que não há nada, absolutamente nada, concreto contra Braga Netto”, antecipou Lima. A expectativa é que ele faça a sustentação pela absolvição do cliente nesta quarta-feira.

O representante do general Braga Netto encerra a etapa de manifestações dos advogados e fechará o dia no STF. A Primeira Turma se reunirá novamente na terça-feira (9), e a sessão começará com a leitura do voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

O julgamento continuará com os votos dos outros quatro ministros que compõem a turma. Há perspectiva de encerramento com definição da sentença no próximo 12 de setembro.

Descredibilizar o conteúdo da delação premiada de Cid é uma aposta corriqueira entre os advogados dos réus do núcleo crucial da trama golpista. A jogada deverá ser repetida também por Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que farão sustentação ainda nesta quarta-feira.

Vilardi expôs, na entrada do STF, que fará uma "defesa técnica". Ele pretende rebater os pontos apresentados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, em sessão nessa terça-feira (2/9).