BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar, está com a saúde “cada vez mais debilitada”, de acordo com um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), nas redes sociais.

Em publicação na tarde desta quarta-feira (3/9), Carlos relata que tem estado com o pai nos últimos dias em meio ao julgamento da ação penal da suposta trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). E cita que Bolsonaro tem lidado com soluços e refluxos.

“Nesses últimos dias tenho acompanhado meu pai, que depende de medicações indispensáveis e extremamente controladas para cada hora e situação com a finalidade de tentar manter sua saúde. O velho não está bem, mas resiste, mesmo enfrentando soluços e refluxos constantes. A presença da família e o carinho de todos amenizam, ainda que um pouco, o sofrimento que sente”, publicou.

Carlos emendou com críticas ao processo conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes e reforçou os problemas de saúde que têm atingido Bolsonaro nas últimas semanas.

“Ele resiste não apenas à fragilidade do corpo, mas também às ilegalidades que o mantêm preso, com a saúde cada vez mais debilitada. Peço que continuem firmes - não se trata de ser de direita ou de esquerda, mas sim de humanidade!”, concluiu.

Jair Bolsonaro acompanhou os dois primeiros dias de seu julgamento em casa com familiares. A expectativa é que na retomada dos trabalhos, na próxima terça-feira (9/9), ele também não compareça, segundo o advogado Paulo Cunha Bueno, que compõe sua defesa. A recomendação médica é que ele permaneça em repouso.

A sessão nesta quarta-feira concluiu a etapa do julgamento na qual os advogados dos réus apresentam suas sustentações orais. A partir de terça-feira, os ministros leem seus votos admitindo condenação, como pediu a Procuradoria-Geral da República (PGR), ou acatando as absolvições pretendidas pelas defesas. O primeiro a votar será Alexandre de Moraes.

A defesa de Bolsonaro apresentou a sustentação oral pela absolvição do cliente. As principais apostas dos advogados foram descredibilizar o conteúdo da colaboração premiada de Mauro Cid e argumentar que não há provas concretas contra Bolsonaro no inquérito da Polícia Federal (PF) e na denúncia da PGR.