A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta terça-feira (7), quatro policiais militares do Distrito Federal acusados de não cumprirem ordens de comando da corporação durante os atentados às sedes dos Três Poderes e facilitar o acesso de bolsonaristas radicais ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), o mais danificado dos edifícios atacados em 8 de janeiro.

Os alvos da PF na quinta fase da operação Lesa Pátria são um coronel, um capitão, um tenente e um major da PMDF. Investigadores chegaram a eles por meio de depoimentos de outros policiais militares e das imagens captadas pelas câmeras de vigilância do STF, que filmaram as atitudes dentro e fora do prédio que abriga a Suprema Corte.

Dois deles estavam na viatura que apareceu ao lado do Congresso, de onde desceram PMs dando ordens para colegas da Tropa de Choque deixarem a via, o que permitiu a extremistas a chegada à Praça dos Três Poderes e consequente invasão do STF.

A Corregedoria da PMDF acompanhou o cumprimento dos mandados de prisão pela PF nesta quinta. 

Confira os PMs que foram presos e encaminhados ao estabelecimento prisional militar da PMDF, conforme determinação do STF:

- Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da PMDF;

- Capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PMDF;

- Major Flávio Silvestre de Alencar, envolvido diretamente na liberação do acesso dos vândalos ao prédio do STF;

- Rafael Pereira Martins, também envolvido diretamente na liberação do acesso dos vândalos ao prédio do STF.

O coronel Jorge Eduardo estava de licença no dia dos ataques, mas, para os investigadores, o distanciamento seria proposital, para não incriminá-lo. Já sob suspeita, ele jpa havia sid afastado da função pelo interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappeli.

Agentes da PF também cumprem nesta terça-feira seis mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participarem dos atos criminosos promovidos por bolsonaristas radicais em Brasília.

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